terça-feira, 30 de agosto de 2011

17.52

Não é uma questão de já ter passado o pior, é o vazio que fica.
Não é uma questão de poder andar sozinha na rua, é a ansiedade do perigo.
Não é uma questão de estar grata, é não saber o que fazer com essa gratidão.
Não é uma questão de saber a imensidão de sorte que tive, é a resposta às perguntas que não se fazem.
Não é uma questão de perda, é não saber o que se faz com o que se ganha.
Não é uma questão de poder dormir aninhada, é não conseguir dormir.
Não é uma questão de olhar o mar e senti-lo, é ter medo que ele me leve.
Não é uma questão de não saber que Ele está aqui, é não saber ir ao Seu encontro.
Não é uma questão de falha, é uma questão de luta.

Minuto a minuto, sem que a respiração falte.

sábado, 27 de agosto de 2011

Faz hoje dois anos que dei 10 passos pela primeira vez na rua. Nos meus pés calçava as minhas sabrinas azuis, na minha cabeça tinha os sonhos todos do mundo.

Hoje acordei e levantei-me sozinha, arranjei-me sozinha, dei mais que 10 passos na rua e sem ajuda dos dois lados.

O que é que falta?
Recuperar os sonhos que tinha naquele fim de tarde. Sentir, outra vez, que todos os sonhos do mundo são meus.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Fica a certeza que cada minuto valeu 60 intensos segundos. E foi tão bom.

Obrigada.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"Há qualquer coisa em mim que me faz crer acreditar"

Se calhar nada disto faz mais sentido. É um blog, um simples blog. E também ele não viu nem estendeu a mão. Não quero mais. É isto: não quero mais sentir o que sinto. Stop. Rebenta a bolha.

Stop. Rebenta a olha. Para sempre.
Por favor.