segunda-feira, 5 de setembro de 2011

desajeitada...

Não sei há quanto um abraço me aconchegava desta maneira. É aquele abraço forte que acaba com as defesas que constróis com o passar do tempo.

Passei o último ano a construir um castelo à minha volta, uma rede de muralhas altas e robustas, uma cerca aos outros e à ajuda da mão que se estendeu tantas vezes e que eu recusei pegar. Ou que eu não vi. Já não sei se não a peguei se simplesmente não a vi... há quanto tempo andava eu com a neblina nos olhos?

Abri-te uma portinhola dessas muralhas e com o tempo apercebi-me que não te podia cobrar essa porta, tu não a pediste e eu não te perguntei se a querias aberta. Não nos culpo por nada, não me atrevo a culpar-nos pelo o que sentimos. Não me atrevo a olhar-te com olhos de julgamento, e se por um instante o fiz - perdoa-me com a simplicidade do abraço que me fez ver de novo.

Outro abraço,
por nós.

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