quinta-feira, 13 de outubro de 2011

not so sure.
sorry Walt Disney. not so sure.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ouvi no metro

-"eu adoro tesouras de poda, querido."

achei que estava a ouvir mal...

sábado, 1 de outubro de 2011

Já em Janeiro?!

Acaba de cair-me a ficha: ela vai casar-se e eu sou uma das madrinhas. E deu-me um nervosinho por ela, por ele, por eles, por mim. Deu-me o nervosinho de abençoar, mais do que já abençoava, a história que vi nascer numa noite que se dizia normal, que vi dar os primeiros passos, as primeiras corridas e agora o dedo dela brilha e eu sou uma das madrinhas.

É tão conto de fadas, tão conto de amor romântico, que foram precisas algumas semanas para me cair a ficha. Madrinha. Isso. Eu sou madrinha, ela é a afilhada e é já em Janeiro. Ela vestida de noiva, ela de aliança, ela casada. E a história com um "viveram felizes para sempre" acontece na sua vida, o seu Príncipe vai tomá-la nos braços e...

LOVE IS IN THE AIR.

Que seja o primeiro dia do resto de suas vidas,

Madrinha M

terça-feira, 27 de setembro de 2011

"Perdoar é curar e curar é salvar"

Pe Mário, 10 de Setembro

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ALE - Actividades Lúdico-Expressivas

A braços dados com planificações, listas de material, orientações pedagógicas, exigências infantis deparo-me com a realidade em que se tornaram os meus dias e não posso parar e deixar de pensar: como é que eu agora sou Professora?!

O caminho aparece-me à frente sem eu saber bem como e de repente estou ali, numa sala cheia de seres pequeninos, com os olhos ansiosos por novos saberes, uns sonhos prematuros e já tão vincados, desejos de mais. Mais teatro, mais música, mais dança, mais trabalhos manuais. Chamam-me Professora e esperam que eu possa aceder aos seus desejos, resolver as suas dúvidas dar resposta às suas questões.

Eles abraçam-me quando chego ao recreio, eles dão pegajosos beijinhos, eles desafiam os meus limites, desafiam o meu saber e as minhas estratégias pedagógicas a cada minuto e eu não baixo a cabeça.

Mais uma semana de aulas, de desafios ganhos ou perdidos, e mal posso esperar por que chegue a minha hora. Agora percebo o que é isso de adorar o trabalho...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

desajeitada...

Não sei há quanto um abraço me aconchegava desta maneira. É aquele abraço forte que acaba com as defesas que constróis com o passar do tempo.

Passei o último ano a construir um castelo à minha volta, uma rede de muralhas altas e robustas, uma cerca aos outros e à ajuda da mão que se estendeu tantas vezes e que eu recusei pegar. Ou que eu não vi. Já não sei se não a peguei se simplesmente não a vi... há quanto tempo andava eu com a neblina nos olhos?

Abri-te uma portinhola dessas muralhas e com o tempo apercebi-me que não te podia cobrar essa porta, tu não a pediste e eu não te perguntei se a querias aberta. Não nos culpo por nada, não me atrevo a culpar-nos pelo o que sentimos. Não me atrevo a olhar-te com olhos de julgamento, e se por um instante o fiz - perdoa-me com a simplicidade do abraço que me fez ver de novo.

Outro abraço,
por nós.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

terça-feira, 30 de agosto de 2011

17.52

Não é uma questão de já ter passado o pior, é o vazio que fica.
Não é uma questão de poder andar sozinha na rua, é a ansiedade do perigo.
Não é uma questão de estar grata, é não saber o que fazer com essa gratidão.
Não é uma questão de saber a imensidão de sorte que tive, é a resposta às perguntas que não se fazem.
Não é uma questão de perda, é não saber o que se faz com o que se ganha.
Não é uma questão de poder dormir aninhada, é não conseguir dormir.
Não é uma questão de olhar o mar e senti-lo, é ter medo que ele me leve.
Não é uma questão de não saber que Ele está aqui, é não saber ir ao Seu encontro.
Não é uma questão de falha, é uma questão de luta.

Minuto a minuto, sem que a respiração falte.

sábado, 27 de agosto de 2011

Faz hoje dois anos que dei 10 passos pela primeira vez na rua. Nos meus pés calçava as minhas sabrinas azuis, na minha cabeça tinha os sonhos todos do mundo.

Hoje acordei e levantei-me sozinha, arranjei-me sozinha, dei mais que 10 passos na rua e sem ajuda dos dois lados.

O que é que falta?
Recuperar os sonhos que tinha naquele fim de tarde. Sentir, outra vez, que todos os sonhos do mundo são meus.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Fica a certeza que cada minuto valeu 60 intensos segundos. E foi tão bom.

Obrigada.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"Há qualquer coisa em mim que me faz crer acreditar"

Se calhar nada disto faz mais sentido. É um blog, um simples blog. E também ele não viu nem estendeu a mão. Não quero mais. É isto: não quero mais sentir o que sinto. Stop. Rebenta a bolha.

Stop. Rebenta a olha. Para sempre.
Por favor.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Eu não sou normal

- Ai, que calor! Se pudesse ia para a minha piscina.
- É fácil, liga ao teu motorista e pede para te vir buscar, depois vais para a piscina!
- Eu não tenho piscina.
- Tu não tens piscina?! As pessoas normais têm piscina! Eu cá tenho duas, uma interna e outra externa.


Sim, isto que acabam de ler não é anedota e passou-se entre dois miúdos de 11 anos.
Oh como eu gosto de trabalhar com crianças! São a melhor coisa do mundo... ou talvez sejam só a melhor forma de prever a sociedade do mundo.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Mulher à beira de um ataque de nervos

Mais um casamentozinho à torra do sol este Sábado, nhami nhami. Tenho cá para mim que vou voltar a quebrar o protocolo da meia. O meu vestido é l i n d o e não precisa de meias, plus, está um calor de morte, as meias fazem calor, picam, descolam, é todo um probleminha só para uma regra parvinha.

Também vou levar sapitanga para a troca, normalmente não levo, mas o pescocinho não se aguenta muitas horas nos andaimes e não podemos correr o risco de existirem queixas do dia seguinte.

Continuo sem saber como levar o cabelo, não arranjo nenhum acessório que me encha o olho, quanto mais um que me arrebate o coração... é uma chatice quando encafuo na minha louca cabeça uma coisa e depois não a encontro à venda. Mesmo.

Ao ritmo a que ando com casamentos vou dar em maluquinha rapidamente. Para o ano já cá cantam 5, 5 casamentos espalhados por esse Portugal fora. Agora expliquem-me: isto pára quando? Aberta a sessão quando é que ela tem fim? Também já começou a saga dos baptizados e não tarda a das 1ª comunhões, os crismas já cá cantam e é só desculpas para volta e meia eu desesperar. Sim, desesperar.

É mais ou menos assim que estou hoje, desesperada.
Que os anjinhos me iluninem e façam com que as coisas aconteçam por si, é tudo o que peço até Sábado.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

23º

As fracturinhas fazem hoje 23 meses, estão quase umas meninas crescidinhas! CLAP CLAP CLAP
Venha daí o 24º para eu começar a relaxar o rim sff. Pelo menos um bocadinho.

terça-feira, 28 de junho de 2011

...

Não sou indiferente à morte do Angélico, nem à do Angélico nem à de ninguém, mas sou feroz no que toca à responsabilidade na estrada.
Feroz.
Já o era antes e agora sou mais.

Eu parti o pescoço, fractura c1/c2, com sub-luxação de c3. Eu parti o pescoço e escrevo-vos pelas minhas mãos, ando pelos meus pés, mexo-me como quero. Não foi só o milagre que atribuem, foi o cinto de segurança, foram os 50 km/h numa estrada nacional e foram as análises toxicológicas limpas.

Não sei, não sabe ninguém, se estaria viva caso não levasse cinto. Apesar do milagre, que agradeço todos os dias, a verdade é que um despiste daquela dimensão e a queda na ravina sem cinto não augurava nada de bom para a minha pequena pessoa. Também não sei, e não sabe ninguém, se a velocidade fosse outra se o desfecho tinha sido o mesmo. Não tinha mais que um café a pessoa que ia guiar o carro, caso estivesse com um copo a mais... estaríamos cá?

Sou feroz. Muito feroz. As regras ditam velocidades obrigatórias, ditam cintos de segurança, ditam que não se pode guiar sob o efeito de estupefacientes. Relembro que as regras existem por alguma razão.

Falo-vos de números:em 2009 mais de meio milhão de pessoas morreu na estrada por causa do uso indevido de telemóveis. Mais de meio milhão. Milhares delas nas passadeiras foram atropeladas por pequenas bestas que iam ao telemóvel. A atenção de uma pessoa desce 91% fica, por isso, reduzida a 9%. Alguém consegue jurar que guia um carro em segurança só com 9% de atenção?

Há não muito tempo gritei muito com um primo meu, disse-lhe coisas que espero que lhe tenham ficado lá dentro. Disse-lhe que se era irresponsável que se matasse sozinho e de uma vez, nada de ficar num brócolo, nada de matar fosse quem fosse ou magoar terceiros por irresponsabilidades na estrada. Digo a todas as pessoas que acham que precisam de ouvir umas boas verdades, não digo, berro.

O pobre Angélico, paz à sua alma, não merecia uma morte tão prematura, nem ele nem os que com ele seguiam naquele malfadado carro. Certo é, e dá que pensar, que o único que saiu só com arranhões levava o cinto. O pobre coitado que acabou por morrer logo no local foi cuspido, literalmente, pelo vidro da frente uma serie de metros e veio a ser atropelado por outro carro. Um cinto estrafega mas não cospe pessoas pelo vidro da frente. Até vos posso dizer que o cinto magoa, eu tinha imensas dores, durante mais de uma mês tive a marca do cinto em nódoa negra e sangue pisado no meu corpo, mas foi o cinto que não me deixou sair do sítio nem ser cuspida para fora do carro.

Espero muito, mesmo muito sinceramente, que o triste desfecho desta história nos venha por a todos a repensar os hábitos na estrada. Os cintos, as velocidades, o álcool, as drogas e até os seguros. Que se reforcem as campanhas em altura de férias e festas, que se faça ver aos jovens as consequências irreversíveis das más tomadas de decisão. Que se mostrem filmes de desastres, pessoas desfiguradas, entravadas, mortes violentas, com sangue, sem censura. Que se seja violento e bruto e frio e se mostre, de uma vez por todas, que a estrada não é para brincadeiras.

Figuras públicas deste país, dêem a cara por boas causas e obedeçam, mais que ninguém, às regras de estrada. Sejam verdadeiros exemplos para as pessoas que vos seguem.
Pessoinhas, usem cinto de segurança - sempre. Mesmo quando vão "só ali".

Não devo conseguir mudar o mundo mas se mudar o comportamento de uma só pessoa já me sinto bem. Não uses o telefone no carro, por favor.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Mais uma, menos uma, dedicatórias ocas, jogos perigosos...

Vi recentemente um namoradinho dedicar à sua nova mais-que-tudo a música Someone Like You da Adele... ora bem, a música é linda, a voz da pequena não tem discussão mas a letra é triste, se não triste é pelo menos melancólica.

Ele vai casar com outra, outra que conseguiu o que ela nunca conseguiu e ela não o esqueceu, deseja-lhe o melhor mas sofre com isso. No fim, ela sabe que vai arranjar alguém tão bom quanto ele, mas não dói menos por isso.

Por que raio é que um namoradinho dedica à sua nova mais-que-tudo esta tristeza pegada? Sweet! Não sabes inglês? Google it e encontras a letra traduzida. E já agora: é muito, muito, muito, muito feio dedicar a várias pessoas, por razões diferentes, a mesma música.

E não, esta história não é minha. As minhas pedras no sapato acabaram por saltar depois do desastre, as gavetas arrumaram-se com o tempo e a mais desarrumada caminha, também ela, para a arrumação total.

Ocorre-me que nos andamos a enganar uns aos outros e isso agonia-me. Passei o dia a tecer considerações para chegar à mesma conclusão de sempre: se fôssemos honestos e falássemos sobre as coisas naturalmente não seria entrar em tanto joguinho. Eu sou um bocadinho como a Adele, no fim acabo por desejar o melhor para os que se foram à vida, mas dói quando me deparo com cobardias e jogos de interesses que mexem com os sentimentos das pessoas.

Até com os meus mexeu. Quantas mulheres andam por aí a receber dedicatórias ocas?
Espero não ser mais uma.
Pelo menos não desta vez.
Mais uma já fui demasiadas vezes.
Se eu escrevesse tudo o que me vem à cabeça era presa.

Dia no Guincho

Regra nº 1 quando se vai para o Guincho: tu olhas para ela mas a outra olha para ti e assim olhamos todas umas para as outras e invejamos rabos, maminhas, cinturinhas, cabelos, bronzeados, bikinis, acessórios e acabamos sempre com o mesmo comentário: cabra.

Regra nº 2 quando se vai para o Guincho:entrar e sair da praia de óculos de sol postos, os encontros de 3º grau são tão iminentes que o melhor é não se estar a olhar para lado nenhum.

Regra nº 3 quando se vai para o Guincho: ter sempre alguém, por norma quase todos, no grupo a ansiar pelas bolas de berlim... ew.

Regra nº 4 quando se vai para o Guincho: não tocar em nomes completos quando se comenta a vida alheia, está sempre alguém por perto a ouvir o que não deve.

Regra nº 5 quando se vai para o Guincho: SE O ALFAIATE LISBOETA SE PROSTAR AO TEU LADO BABA-TE O DIA INTEIRO PARA ELE.

domingo, 26 de junho de 2011

Rúbrica - DPSPP II

- Esse teu pescoço já está bom?
- Bem obrigada!
- Ouvi dizer que estiveste mesmo mal...
- Não foi a melhor coisa que me aconteceu, mas estou cá para contar a história.
- É verdade que usaste fralda?!
- ... é...
- E então, é estranho?


Será que esta pessoa acha mesmo que eu lhe vou descrever como é usar fralda? Ou quer só puxar conversa e não sabe como? Se calhar ele usa fralda e sente-se nal com isso... francamente.
A SÉRIO? É MESMO ISSO QUE TE PASSA PELA CABEÇA?!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Tenho cá para mim que a minha melanina é espevitada e não percebo porque é que me chamam várias vezes Conguita, ainda assim é um problema de inveja, certo?

Eu explico: uns têm rabinhos perfeitos, outros bom feitio, outros altos corpos, há uns abutres que comem tudo e são verdadeiros paus de virar tripas e depois há os morenos, cada um com o seu ponto positivo e ninguém se chateia. Sim?

Beijinhos douradinhos,
Conguita

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Os meus vernizes falam mais por mim do que gostaria:

verde seco dos pés- "Hunt Me"
cinzento claro nas mãos- "Miss Stone Heart"


... Seriously?

terça-feira, 21 de junho de 2011

Wishlist Summer 2011

- grandes dias de praia
- grandes fins-de-tarde acompanhados de grandes companhias
- caracóis e imperiais com a Gata P e a Gata M
- sushi até à morte com a Gata I
- noites de bikini com a Gata C
- noitões de gataria
- caipirinhas numa esplanada
- santinis de morango e meloa, morango e yogurte, morango e melão e yogurte e framboesa
- cachorros com sal
- churrascadas de amigos
- tardes de piscina
- música aos berros à saída da praia com as janelas do carro abertas
- fogos de concelho
- pequenos-almoços com 120 criancinhas aos berros
- escaldõezinhos faz-de-conta nas bochechas gordas
- cheirinho a protetor solar na roupa
- havaianas porque sim, porque não e porque talvez
- beijinhos na boca a saber a sal
- pés recheadinhos de areia ao fim da tarde
- petiscos no Eduardo das Conquilhas
- almofadas da Cecília na baía
- crises no Careca
- pão com chouriço às 5 da manhã
- pequenos almoços no Monte com manteiga e pão e queijo e fiambre e sumo de laranja e figos apanhados da árvore
- mergulhos nos Aivados
- croissants na Mabi
- gins a olhar para as vacas
- café e água das pedras no Baú Doce
- bailaricos nas terrinhas
- peixinho fresco com batatinhas e alho
- pevides e tremoços
- gomas na barraquinha
- Tamarolas só porque sim e porque faz parte
- dias na Praia Grande
- dias no Guincho
- dias no Sul
- dias no Norte
- dias em Ribeira
- vestidinhos pirosinhos e sandálias pirosinhas
- vernizes histéricos
- bikinis micro a desvendar o rabo gordo
- chapéu de palha com flores variadas e óculos de sol
- sentir o corpo a ressoar calor ao fim do dia
- água de colónia depois do banho
- jantares às 11 da noite
- programas de última da hora
- malas por fazer e desfazer constantemente
- amigos novos
- amigos velhos
- amigos, amigos, amigos
- eu, eu, eu
- a chave do euro milhões e que não acabes nunca!

Por agora, é tudo!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sempre em frente

Gostar não tem que doer, partilhar não tem que angustiar, entender não é engolir, perdoar não é rebaixar.

Cola isto na testa, no espelho de todas as manhãs, no carro, no maço de cigarros, grava um despertador com estas premissas e não te voltes a esborrachar sff.
Juro que ver-te assim me desfaz aos bocadinhos. A cegueira que se apoderou de ti tem que se ir dissipando e tens que te aperceber que vales muito mais do que ele te faz crer que vales.
Sim, ele é querido e fofinho, trata-te bem e mais ninguém vê o feliz que ele te faz, mas ele também te rouba o que és, te azucrina a vida, te angustia, te tira o que de melhor tens. Olha para trás, vê quantas vezes calaste o nó que tinhas, quantas vezes choraste sozinha, quantas vezes te doeu a barriga?

Acredito que te vais reconhecer nestas linhas, que sem que eu te diga saberás que são a retribuição de um mapa que me deixaste há tempos no teu espacinho. Sei também que vai doer, vai deixar marca e vai remoer por muito tempo. Mas as feridas curam-se. Olha eu! Tenho um pescocinho novo. A força está em ti, Boneca. Só em ti. Se a quiseres como tua aliada ela está em ti. Só tens que querer e crer.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Rúbrica - DPSPP

-Ah, vais-me desculpar, mas para quem partiu o pescoço estás lindamente.

- Mas conheces mais alguém que o tenha partido?

- Não.

- Então como é que podes dizer que estou lindamente?...



A sério, falar, às vezes, é só desnecessário.
Vou dar inicio a uma rubrica de diálogos parvos sobre o pescoço partido. DPSPP - NUM BLOG PERTO DE SI

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Balada do Desajeitado

Não há quem não saiba, à volta de uma fogueira, num campo de férias por entre lágrimas e abraços sentidos a Balada do Desajeitado. Nunca me cruzei contigo num campo de férias, mas hoje gostava de te dizer:

"Sei de alguém que por demais envergonhado
Que por ser tão desajeitado nunca foi capaz de falar
Só que hoje vê o tempo que perdeu
E sabes que esse alguém sou eu
E agora vou-te contar:
Sabes lá o que é que eu tenho passado,
Estou sempre a fazer-te sinais e tu não me tens ligado.
E aqui estou eu, a ver o tempo a passar
A ver se chega o tempo para ter tempo para te falar.
Eu não sei o que te hei-de dar,
Nem te sei inventar frases bonitas,
Mas aprendi uma ontem só que já me esqueci...
Então, olha: gosto muito de ti!"

Um beijo,
Titas

Querido Joca,

não preciso fazer um esforço para saber de cor como entraste na minha vida e como o tempo se foi encarregando que por cá ficasses.

Foi na cozinha das Parchanas que te vi pela primeira vez, calções aos quadradinhos e t-shirt azul clarinha, óculos(?), um ar metido para dentro e de imediato ficaste com o rótulo de Menino do Coro... era o principio de um caminho de anos e anos de histórias para contar.

Amigo do Kiko, amigo do VD, amigo de casa, disseste mais do que me posso lembrar que não éramos uma família, éramos uma raça. Foi segundo essa raça que me lembro de teres tomado conta de mim nos primeiros arraiais a que fui do Técnico... VD em cima de uma estátua?!, VD em cima de uma estátua!! Estadias no Baleal, fins-de-semana em S. Martinho, incontáveis jantares em diversas ocasiões, picanha e caipirinhas, noites de desabafo, discussões ligeiras. Momentos inesquecíveis.

Guardo comigo, nas vésperas do teu dia especial, o dia em que me contaste que ias avançar com a Teresinha. Não podendo precisar o dia e a época, sei que te enfiaste pelo meu menssenger adentro e me disseste que estavam a acontecer coisas. Oh como me lembro de dar pulinhos de alegria, de te desejar que corresse tudo pelo melhor.

Cá estamos nós, a poucas horas do teu sim. Um sim que fará de ti o marido de uma feliz mulher. Meu querido amigo, que a sabedoria e a coragem te acompanhem todos os dias na construção desse amor, que o caminho que inicias seja o de o começo de uma grande e unida família com a garra para ser mais uma raça unida. Que encontres a leveza de espírito para deitar fora o que não presta, guardar o que é bom e dar graças por todos os dias da tua vida teres sido uma pessoa tão boa e tão honesta que fez com que estivesses rodeado de amigos e família sempre. Que te levantes sempre que tropeçares, que saltes sempre que houver obstáculo e que cortes a meta sempre que quiseres.

Um grande e orgulhoso beijinho,
Mariazinha.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Tenho um casamento daqui a 48hrs e desconfio que o meu planeado penteado não vai resisitir ao vento e à chuva que o IMP prevê para os próximos dias.
Devo estar a ficar mais crescida, ainda não tenho nem uma borbulha gigante na cara... se calhar a moda de ter borbulhas grandes em dias especiais vai deixar de ocorrer em mim. (é o que acontece às pessoas crescidas, não?)


Oh como é bom pensar alto para o meu blog! Pumbas, I'm Back!!

terça-feira, 7 de junho de 2011

É mais ou menos isto:

ando fora do meu cantinho há demasiado tempo.
E eu sei porquê... e esse porquê irrita-me um bocadinho mas terei que admitir que a última vez que mandaram abaixo o meu blog foi com tanto berro e tanta acusação que eu não tive armas para o combate.
Ao fim ao cabo, quando o blog foi criado tinha por objectivo que eu contasse o meu novo mundo, um mundo que não era conhecido para mim e, quase que aposto, para muitos de vocês que me seguem, que acompanham esta aventura de recuperação e agora o regresso a uma não normal vida.

Porque devo a mim a coerência dos meus actos, porque devo a todos os que me escrevem pedindo que volte a escrever um profundo respeito, estou de volta!

Sim, eu não tenho uma história assim tão especial, a bem da verdade eu nem sou especial, tive um desastre, fui atirada para uma cama de hospital levantei-me, recuperei, lutei por mim e pelo meu bem estar e cá estou eu, a re-aprender a viver com as limitações que ficaram, a engolir medos e a cicatrizar receios, tentando colar os cacos com um sorriso metálico, com a minha tão louca família e os meus tão especiais amigos.

Sim, eu não sou especial porque parti o pescoço. Sabes, Sebastião, eu só sou especial para as pessoas que me querem especial na vida delas. Como tu, exactamente como tu. Não és especial do outro lado do mundo, mas aqui, no teu mundo, és especial para os que te querem especial. E é por isso que eu escrevo, para que as pessoas que me querem especial me acompanhem, para que juntos possamos fazer um caminho lado a lado, para que juntos possamos acreditar que o amanhã é mais um dia para darmos graças por estarmos vivos.

Foi neste caminho, por entre blogues, que tantas vezes me fizeram crer que eu era especial, e ser especial é ter trinta seguidores assumidos e outros tantos silenciosos. É receber selos. É receber emails. É receber sorrisos.

É mais ou menos isto: eu e tu somos especiais. Tão especiais quanto os que nos querem especiais.

terça-feira, 5 de abril de 2011

É mais ou menos isto:
ando cansada
a cabeça anda cheia
ando sem vontade para grande coisa
a Primavera chegou e com ela os espirros e as comichões
eu voltei a receber um selo e ainda nem passei o testemunho do primeiro
e eu prometo que volto aqui em breve para actualizações variadas e passagens de testemunho.

É só porque, às vezes, alguém deita abaixo este meu canto e dói. Dói e eu não escondo. E isso deixou-me assim, forinha por uns tempos.

terça-feira, 29 de março de 2011

Portugal - Uruguay
Cómo te echo Bombón.
Aunque no sepas lo que te quiero y como nuestra amistad se queda intocable con lo pasar de los años, quiero que sepas que cuando hablamos, !el día se queda mejor!
Te echo, echo nosostras por las calles de una Salamanca que no volverá más a ser nuestra, echo nosotras en el coche a camino de Lisboa, echo nosostras tomando copas de vino hablando del futuro, echo nosotras en las clases de comunicación institucional, echo nosotras tomando sol en la plaza, echo nosotras en la chupi, echo nosotras indo de pinchos, echo nosotras de cañas al final de la tarde, echo nosotras mal diciendo la vida, echo nosotras...

Desde acá: bombón una vez en la vida, bombón hasta la muerte.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Here I go again!

Outra vez, tubo da TAC, silêncio, tecto de hospital, barulho, silêncio, barulho, silêncio. Outra vez, o meu corpo estendido na cama da TAC, esticadinho, imóvel, não se mexa senão temos que repetir, cabeça encaixada no suporte, barulho, silêncio, barulho, silêncio. Olhos focados no tecto do hospital. Jogo do galo. Cruz, bola, cruz, bola, cruz - ganhei. Temos mesmo que tirar os brincos, desculpe. Tiro os brincos, está a ver como tinha razão? eu bem lhe disse que era melhor tirar os brincos. Dez brincos. Mas porque é que eu tenho tantos furos? Ah, só tem que tirar os primeiros, os outros deixe estar. Barulho, silêncio, barulho, silêncio, jogo do galo, anjinhos por favor acudam-me mais uma vez; já está! pode ir vestir-se.
Zarpo dali o mais rápido que consigo, não quero que o cheiro do hospital se entrenhe em mim mais uma vez, não quero sequer ponderar ficar ali mais que o estritamente necessário.
Tenho a estranha sensação de ter deixado o último jogo a meio.
Cruz, bola, cruz, bola...

quinta-feira, 24 de março de 2011

UM ANO!

UM ANO SEM COLARES, SEM FERROS, SEM COISAS E CENAS E COISAS NO MEU PESCOÇO.
FAZ HOJE UM ANO QUE TIREI TODO O TIPO DE ARTEFACTOS DE CIMA.
VENHAM MAIS 100!!!
UM ANO.
E pensar que ainda ontem estava a festejar o fora de perigo.
Sinto outra vez a electricidade debaixo da pele, o mundo é meu. Só meu. Esta noite o mundo é meu.
Todo meu.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Sabem qual é o nome da minha fractura?
É a fractura do enforcado.

terça-feira, 22 de março de 2011



Apaixonei-me, perdidamente. Borboletas, espasmos, falta de ar: gosto tanto que até dói.
O meu vestido novo é homem para me levar ao altar!


Escusado será dizer que a mim fica 1000 vezes melhor... lamentamos cachopa!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Amarelo: pi pi pi pi pi pi

Sabem para que é que servem os cartões amarelos?!
A-VI-SO.

Só que eu não estou habituada a recebê-los e hoje, quando levei com ele, senti o meu mundo o fugir-me por entre os dedos, e o ar a ficar pesado, e as lágrimas a escorrerem pela cara e chorei. Assim que saí do Egas chorei. E não tenho que ter vergonha por ter chorado. Até vos posso dizer que chorei do Egas ao comboio, debaixo dos óculos de sol.

Ainda que não seja nada demais, os cartões amarelos vêem deitar-me a língua de fora, fazer pirraça e dizer-me que ainda, sempre o ainda, não estou boa! Para a semana dia de TAC, com referência para especial atenção às parastesias das mãos. Não gosto do especial atenção que vem na requisição. Não gosto. É assim como iscas, não gosto, não gosto e não gosto - e também não quero aprender a gostar.

Tudo a cruzar o dedinho indicador com o do meio e a torcer para que esteja tudo bem com este pescocinho, sim?

Maria Amarelo Paciência do Pescoço

sábado, 19 de março de 2011

Há dias que so no mastro.
O mundo inteiro... grr

quarta-feira, 16 de março de 2011

Sei que alguém me acrescentou alguma coisa quando me desperta uma ideia adormecida.
É assim que eu sei.

terça-feira, 15 de março de 2011

Jogo do Galo. Foi isso que eu fiz naquela tarde.
A determindada altura joguei ao jogo do galo mentalmente no tecto do hospital.

Sozinha.
Comigo.
Jogo do Galo.

Acho que ganhei.

segunda-feira, 14 de março de 2011

E pronto... Portugal no Coração. É isso. Às vezes nem acredito que passei por tudo isto.
Mesmo.
Auch.
Doeu.

quinta-feira, 10 de março de 2011

domingo, 6 de março de 2011

Hoje faz sentido a voz da Carminho a cantarolar

'Mais vale somar paixão que somar desilusão até tudo nos doer
Porque eu voltar a ser tudo o que eu já fui um dia, tudo o que eu já queria ser antes de te querer.'

E ainda que este 'te' não seja homem e sim liberdade, o fado faz sentido, hoje, aqui e com esta electricidade que me corre debaixo da pele.

As minhas gentes

A minha recuperação foi feita de passinhos pequenos, muitas vezes de nenhuns passos e outras de passos maiores. Está recheada de caras e crenças, de nomes e estórias e histórias e fábulas e sonhos. Está repleta de pessoas que se impressionaram com o meu novo mundo, com outras que viraram a cara por falta de dignidade humanana e ainda por outras que me acompanharam e cujo nome eu não sei.

Os senhores do café do toldo amarelo, que me viram a dar os primeiros passos atabalhoados na rua, a beber os primeiros descafeínados por palhinha. Que me ofereceram quebra-cabeças para ajudar a passar aquele tempo que não passava à passagem dos ponteiros do relógio. Que comigo foram vivendo as pequenas vitórias do sobe e desce escadas. Que me viram passar do Prada para o Galliano, do Galliano para o Channel e do Channel para a liberdade de um pescoço torto.
Depois seguiram os passos da fisioterapia, os primeiros cafés sozinha, as primeiras manhãs de Sábado com o Expresso, as primeiras idas à praia e hoje, vêem a minha vida a seguir uma rotina que, aos poucos, começa a ser a minha vida.

Há os senhores da loja de chineses, onde entrei a primeira vez a medo com o Prada pelas mãos da Avó Carmo em busca de qualquer coisa só pela desculpa que era sair de casa e o protocolo que isso implicava. Umas canetas às cores para enganar o tédio, uns ganchos pirosos para adornar o cabelo, umas canetas de tinta permanente para o Kiko desenhar bonecos no colete... hoje é pela rotina: um verniz aqui, umas velas acolá, e sempre o mesmo sorriso com que me receberam da primeira vez. Hoje o senhor disse-me 'Mior, mior!' e apontou para o meu pescoço, já sem coletes e colares e cicatrizes, com mais força e mais cara do que foi um dia. E eu limitei-me a pensar que também eles me seguiram, debaixo do sorriso envergonhado, nesta minha epopeia, e torceram por mim à maneira deles.

Não passa um dia sem que passe à porta da papelaria, e lá está a senhora que lá trabalha. Bom dia, boa tarde, boa noite, quando passeia o cão, e vai perguntando como estou, vai referindo que a minha cara não esconde o que sinto, que os meus olhos nunca perderam o brilho. E eu sorrio, agradeço, respondo, dou-lhe três dedos de conversa e lembro-me sempre que no dia em que me viu na rua os seus olhos se encheram de lágrimas para mais tarde se encherem de esperança a cada melhora que ia observando.

A Dona Beta e o seu staff, que durante muito tempo só me viam de dentro para fora porque as escadas de acesso representavam um perigo e um obstáculo demasiado grande para aquele corpo. A maneira como me iam desejando as melhoras e a maneira como hoje se espantam quando por lá entro a mil, à última da hora, para comprar pão, beber um café rápido ou comprar pastilhas - ou porque estou maquelhada, ou porque estiquei o cabelo, ou porque desejo bom fim-de-semana ou porque já lá vai o tempo em que ainda andava na escola, os gémeos eram pequeninos e o café era na loja do lado. Pessoas que me acompanham desde que moro nesta casa que me viu passar de adolescente fluorescente para menina quase mulher, de emigrante a pescoço partido e de pescoço partido a mulher.

A vizinha do Ricky, que me presenteia sempre com um sorriso luminoso, que faz invariavelmente a mesma pergunta e ouve invariavelmente a mesma resposta.

- Olá! Está melhor?
- Olá! Estou óptima, obrigada.
- A sério? Boa, boa?
- Quase, quase.
- Ah, está sempre a enganar-me...

Não é um discurso ensaiado, é a nossa maneira de passarmos uma pela outra e partilharmos qualquer coisa. A maneira da senhora frisar que não se esquece de mim e a minha maneira de lhe agradecer a atenção.

A vizinha das miúdas, que perguntou um dia à senhora minha Mãe como tinha sido e eu ouvi, pela primeira vez, a versão quase completa do que se passou nas cabeças que estavam à porta do hospital. A versão que me fez chorar baixinho nessa noite na cama pelo que fiz sofrer aos que mais amo. A vizinha cujo marido apanhou o colar Galliano que atirei janela fora na primeira passagem d'ano pós acidente e que ainda hoje refere o facto como se de um troféu se tratasse.

A vizinha da Michelle, que passa, ri, olha e comenta os quadros do Kiko para puxar sempre o mesmo assunto, 'quase boa, quase melhor, que susto que nos pregou a todos'.

O Duarte da 5ª Avenida que me elogiava mesmo quando eu apresentava ferros e parafusos e lhe pedia água das pedras com gelo e limão e palhinha, para refrescar as noites quentes e acalmar a alma que ardia por dentro sem chama por fora.
As dezenas de Tios que partilharam comigo as vitórias e apoiaram a Mãe e o Tio, sempre calado, sempre angustiado, que sofreu à maneira dele a sua Abóbora partida.

E os senhores do Rui dos Pregos que viram nascer a Tertúlia Tigresse, os jantares de festejos de pequenas vitórias. Os jantares de brainstorming para a CausaTua, os petiscos de fim de tarde de Verão, o jantar do 1º ano de vida. O primeiro jantar fora com Prada, onde senti pela primeira vez que nada ia voltar a ser como antes...

O segurança da fisioterapia, que me viu caminhar aflita para as primeiras sessões, que me viu sair com os olhos inundados de lágrimas e nunca me disse nada, por saber que a dignidade a que eu me impunha era crucial para erguer, de novo, a cabeça e lutar mais no dia seguinte. Que comentava sempre que o Nuno iria fazer um milagre comigo. Que passa por mim, hoje, e diz 'temos mulher, temos guerreira'. E eu tenho saudades dele. Ou saudades do conforto que era saber que a cara dele representava um caminho lado a lado com aquele que foi um dos heróis do meu percurso.

Ah, e os senhores do quiosque em frente à fisioterapia, que me conhecem de outros tempos, onde eu bebericava café antes das sessões de tortura ou bebia uma água enquanto esperava pelo Sr. Miguel... e o senhor Miguel, que tantas e tantas vezes me enchia a cabeça de sabedoria popular, me contava as mesmíssimas histórias do dia anterior, que me passeava naquele Mercedes Salazarista e me dizia que ia correr tudo bem. Soubesse o Sr. Miguel a nostalgia que tenho quando relembro o que juntos passamos.

As caras dos corredores do S. Francisco, as caras dos corredores do Egas. As batas amarelas, os pijamas de bloco, as batas brancas, azuis, verdes. Sei as caras, os cheiros, decorei-lhes as mãos e o trato para comigo. Decorei-lhes a voz. Decorei a Inês fisioterapeuta, pouco mais velha que eu, que guardou com ela as primeiras lágrimas de desespero, que recordo terem sido, também, as últimas que larguei. Não sei nada da Inês fisioterapeuta, mas gostava de lhe mostrar que as minhas pernas já mexem sem a ajuda dela, que a minha respiração normalizou e que este ano eu fiz por ter um Verão à antiga.
A enfermeira Verónica que comigo chorou a angústia de uma algália, um diagnóstico tremido, uma sede de levantar e correr dali para fora, a mesma enfermeira que meses mais tarde estaria na Clínica dos Poetas e me olharia com a leve recordação de já se ter cruzado comigo: sim, cruzou. Sou a Maria do desastre de Colares. E a forma como um abraço entre duas desconhecidas pode fazer sentido pela entrega que é.

E os bombeiros, a quem não decorei o nome mas a quem tenho a maior dívida de gratidão de que há memória. A bombeira que não me largou a cabeceira durante horas, que ligou à minha Mãe algumas vezes para saber o meu estado e a quem eu gostaria de dizer, uma só vez e o mais sentido possível: 'obrigada, meu anjo'.

O enfermeiro Paulo Renato, destacado especialmente para me acompanhar na ambulância da transferência do S. Francisco para o Egas. Que me consolou as dores, que me contou que tinha partido duas vértebras com 19 anos e depois disso já tinha recuperado a vida, 40 e tal anos de vida e muitas aventuras para mostrar à coluna que era valente, valente como eu tinha que ser apartir daquele dia. Que me disse 'estás em boas mãos, acredita que ainda vais saltar de pára-quedas'. Oh enfermeiro Paulo Renato... como me escorrem as lágrimas agora que me lembro que não sei de cor a sua cara, mas sei de cor a maneira como me fez uma festa na testa quando a amabulâncioa arrancou estrada fora a 5km/h.

As meninas do espaço ByMII, na Ericeira, que já se cruzaram comigo mais à fente no caminho, ainda de colar mole mas já com ansias de fatos de banho e sol e praia. E as mesmas meninas que não se esqucem de perguntar como estou e como vai correndo tudo. Mesmo quando passam meses que não as vejo e entro na loja sempre com o desejo de voltar a ter corpinho para bikinis.

E os meus leitores que enviaram emails, que passaram palavra de um blog tão meu como deles. Um blog que já esteve tão perto de ser a minha sanidade mental e tão perto de ser o meu desespero calado. Ou terá sido mesmo?

Correndo o risco de me ter esquecido de pessoas que nunca frisei, também corro o risco de nunca ser lida por estas pessoas que foram personagens da minha vida sem saberem a relevência que lhes dou. Antecipando a desculpas, desculpem-me aqueles que não referi, aqueles a quem nunca agredeci convenientemente, aqueles que não têm caras, nem sorrisos, nem cheiro, nem voz mas que comigo se cruzaram. E levem com eles a minha gratidão calada e sentida.

'De todas as vezes que agradecer vão ser poucas.'
Obrigada.




Todos eles, me aliviaram dores, me repuseram sorrisos e me alimentaram a esperança que era possível renascer das cinzas.

sábado, 5 de março de 2011

Balança para a mesa 5

O meu amigo Nuno diz que eu sou um contra senso entre uma menina do Estado Novo e uma miúda armada ao moderno. Respondo-lhe sempre o mesmo: adoro comer tremoços, beber minis e ver futebol, mas também adoro que me abram a porta, me cedam o lugar e me tratem como uma senhora.

Não ando a decidir se quero ser Estado Novo ou Moderna, ando sim, e isso será incontestável, a decidir qual é a melhor forma de balançar estas minhas partes tão distantes e tão indissociáveis da minha pessoa.

Qualquer coisa que, no fim do dia, não entre em conflito com o que eu quero, era o ideal...

OMG, É UM SELO!




É, eu recebi um selo da minha querida Cairs, só que só vi que o tinha recebido ontem, por isso peço desde já desculpa.

O objectivo é enumerar 7 coisas que goste e escolher 7 blogs para passar o selo.
Pff, é dificil mas aqui vai:

1- Adoro os meus irmãos
2- Adoro tardes de sol na esplanada / praia
3- Adoro a tertúlia
4- Adoro passar fins-de-semana fora
5- Adoro música aos berros no iPod
6- Adoro pão e manteiga e queijo e fiambre
7- Adoro ter este espacinho não censurado pelas convenções sociais

Passo o selo a: (posso passar a quem mo passou?!)
HELP!! I Need help para saber estas regras...
Desculpem, acho que vão ter que esperar pela passagem de testemunho.

sexta-feira, 4 de março de 2011

PÁRA TUDO:
EU RECEBI DOIS, ISSO! DOIS SELOS DE QUALIDADE E SÓ AGORA É QUE ME APERCEBI.

EU TENHO 29 SEGUIDORES ASSUMIDOS, MAIS UNS QUANTOS SILENCIOSOS E SÓ AGORA É QUE ME APERCEBI.


Amanhã escrevo sobre isto.
Ai escrevo, escrevo!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Obrigada.

26, eu disse vinte seis

CALMA!
PÁRA TUDO!!
COMO É QUE EU DE REPENTE TENHO 26 SEGUIDORES?
A SÉRIO QUE HÁ 26 PESSOAS QUE SEGUEM O BLOG?
MESMO?

AAAAAAHHHHHH!!! Se eu pudesse dava saltinhos de alegria bem altos! Juro!
Obrigada.
Estou mesmo feliz, acabaram de fazer o meu dia.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Incrível capacidade a minha de desmoronar com pessoas que não me são próximas.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Er... pois... acho que a nossa relação está condenada à partida.
Desculpa.
Eu aviso-te já que sou complicada, e que não sou muito certa das ideias, e que gosto de confusões sentimentais, e que não gosto de chocolate, e que preciso de praia para viver, e que tenho mau feitio momentâneo, e que ou as coisas me correm como eu gosto ou ganho alergias.
Por isso vê lá no que te vens meter, sim? Ou queres uma relação saudável, de partilha e crescimento mutuo ou então o melhor é ires-te já embora. Escusas de vir com promessas de amor eterno, promessas de cenas e coisas para depois te ires embora como todos os outros. Já te estou a avisar que depois do penúltimo a fasquia está elevada e ou estás disposto a vir atrás ou o melhor é continuares a respeitar a distância de segurança recomendada nestes casos.
Entendidos?
E agora vê se acabas de te sincronizar para eu te quitar com toques e coisas fofinhas!
Bem-vindo à minha vida coisa boa, espero que sejamos muito felizes!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Desconfio que desconfiar é o melhor caminho

Desconfiar dos caminhos fáceis.

Vou tatuar isto na testa.

Desconfiar dos caminhos fáceis.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

não tenho nada para dizer, hunpf!

estou com cara de pipocas, barriga de pipocas e cheiro de pipocas.
parti uma unha - e dói.
não gostei do desenrolar do dia.
parece-me que vem aí insónia da valente.
amanhã vou cortar o cabelo.
e raios me partam se eu não atino de vês!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Predisposição não se compra no supermercado

Já, por muitas vezes, achei que ia morrer de amor. Morrer por ser trocada. Morrer por não ser amada. Morrer por sofrer de saudades. Morrer agarrada à mesma música.

Já, por muitas vezes, achei que nunca ia voltar a apaixonar-me. Voltar a sentir borboletas. Voltar a ter dores de barriga. Voltar a criar laços.

Já, por muitas vezes, pensei que o melhor era desistir. Pensei que a minha vida não era para ser partilhada. Pensei que não haveria por aí homem que me quisesse com tudo o que eu acarreto.

Já, por muitas vezes, fui pirosa. Fui romântica. Fui pequenina. Fui gorda. Fui princesa. Fui bebé.

Já, por muitas vezes, tenho dito: sou romântica mas não sou pegajosa. Coraçõezinhos no telemóvel, nomes diminutivos, promessas de casamentos e carradas de filhos... não, obrigada mas estou bem!

Virão os fervorosos dizer que é por estar sozinha, virão os românticos dizer que há-de chegar a minha vez e virão os solteiros bater palmas. Mas a vida ensinou-me que não há pessoas perfeitas, há momentos. Não há para sempre, há caminhos e curvas e escolhas. Não há um só amor. Não há alma gémea.

predisposições.
Isso mesmo, predisposições.
Ou se está predisposto a amar ou não se está. Ou se está predisposto a caminhar lado-a-lado, sem desvios, ou não se está. É uma equação tão simples que de simples parece complicada - ou nos re-erguemos e vamos em frente, ou a lama não sai debaixo dos pés.

Por isso te digo, minha pequena, eras, e és, a última pessoa que via com gordinhos e ceninhas fofinhas no telemóvel. Eras a última pessoa que imaginava a falar de casamento e carradas de filhos. Não te imaginaria nunca nesse estado de amor - mas é tão bom! Ele chegou até ti e tu estás predisposta a recebê-lo.
Não sou pegajosa, mas sou romântica e, hipoteticamente falando, já sabia que ias acabar nesse estado em que estás.

Mais uma pérola da minha Mãe! #2

Toca o skype, chamada a receber de FSM. Chama-se a Mãe para ver a bela cor que o menino apresenta por estar na praia com 30 graus.

- Estás onde? Deitado na cama com o computador?
- Não, estou com o iPhone!
- Com o quê?
- O meu telefone, Mãe.
- Estás a falar do teu telefone?
- Sim, é um iPhone.
- Ah, não sei o que isso é!


...

- O que é que aconteceu a este jogador?
- Nada, foi vendido.
- Mas eles são vendidos?!

CARREGA BENFICA




Fosse eu de outro club e tínhamos problemas para resolver! Oh Glorioso, Glorioso! Que orgulho me dás.
Obrigada, Benfica, o-bri-ga-da.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Vou ali e já venho. Se perguntarem... digam que é só mesmo até Domingo!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Não esperes nada, és capaz de levar tudo.


‘El fracaso de muchos matrimonios proviene del hecho de que uno de los miembros se enamoró de un hoyuelo en la mejilla de la otra persona, pero acabó casándose con la persona entera. E esto consiste precisamente el mecanismo de seducción de manera consciente o inconsciente, de manera intencional o no, el seductor focaliza la atención del seducido hacia unos aspectos aislados de su personalidad (atractivo físico, gracia, ingenio, poder, status social) camuflando otras dimensiones que podrían resultar prejudiciales para sus interés... es el triunfo de la metonimia en el sentido de que consiste en conseguir la adhesión total hacia una persona a partir de la adhesión hacía una parte de ella.’

El Político Nace o se Hace: ¿Cómo se Crea Y Vende Una Imagen Política? – Prof. de Com. Política y de Sociologia – Jorge Santiago Barnés.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Mais uma pérola da minha Mãe!

Toca o telefone, altura de controlo de fim de dia:

- Mãe! Olá Mãe!
- Olá minha filha, como estás?
- Mal, estou cheia de dores, Mãe. Passei muito mal o dia.
- Oh filha, isso é reumatismo das velhas, é do tempo. Toma os remédios.
- Mas eu não sou velha!!
- Mas tens o pescoço estragado minha filha.

O PESCOÇO ESTRAGADO?? REUMATISMO DAS VELHAS??
Obrigada Mãe! É sempre a melhor do mundo quando me diz estas coisas com um ar super calmo, folgo saber que sofro de reumatismo de velhice aos 23 anos, folgo mesmo!
Senhores da CP,
eu gostava muito de me deslocar amanhã e quinta-feira até Lisboa. Era mesmo, mesmo, mesmo fofinho.

CHEGA DE GREVES SFF. Hoje, amanhã, quinta e uma semana de aulas condicionada. Não gosto nada, mesmo nada, que me troquem as voltas.

Restos

Há mesmo dias assim, e eu parecia já me ter habituado mais ou menos ao que eles me trazem.
O braço esquerdo hoje nem levanta um copinho, as costas doiem-me e o pescoço está perro... não estou triste com isto, nem fico revoltada, só perco um bocadinho aquela gana de arrumar isto tudo e seguir em frente.
O braço está aqui, vai moendo, vai avisando que precisa de atenção e que tem que ir ao médico, e eu vou-lhe dizendo sempre que sim. Adiando a solução mais plausível de todas. Assumo o medo. Mas é meu e não vai a lado nenhum.

Vou atacar a caixinha dos SOS e dar um pulo na fisioterapia. De galochas, para resisitir ao mau tempo e não molhar o pé de Princesinha, oh se vou!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

My Way




É assim mesmo, sem tirar nem pôr!
Há o caminho normal e há o meu. Sempre.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Tudo na vida tem validade. Mais tarde ou mais cedo ela expira.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

pffffffff - como diriam uns e outros

Não percebo, nem nunca percebi, não acredito, nem deixo de acreditar, mas fica-me sempre a dúvida: porquê eu? Porquê a mim? E se estiver aqui a resposta ao caminho que se segue?

Há uns, muitos, meses atrás estava eu a jantar no Bairro Alto com outras das autoras do blog quando somos interrompidas por um 'vende coisas várias' que nos perguntou se queríamos a pulseira da sorte. Claro está que com um sorrisinho amarelo, amavelmente, tratámos de despachar o senhor 'vende coisas várias' e prosseguir com o jantar.
Não passado muito tempo, o senhor 'vende coisas várias', regressa à nossa mesa e lança o terror: duas pulseiras, uma para cada uma, sob a ladainha: amor bom, marido bom, saúde, dinheiro, carreira... e enquanto nos colocava a pulseira no bracinho fez uma reza.
Pelo sim, pelo não, lá andámos com a pulseira uns tempos. A M. andou até ela lhe ter dado o prometido amor bom, eu até a ter dado a uma criancinha com 4 anos.

Há três semanas, estou com a M. a beber café, Sábado de manhã, tranquilo, sol, esplanada, compras e puf! Uma cigana que nos quer ler os olhos, que nos fala da verdade das suas palavras porque é guiada por Deus, que me diz: 'há alguém que gosta muito de si, quer saber o nome?'.
Não, não quero saber nem nome, nem coisas dessas estranhas que diz que vê nos meus olhos. Por favor, se eu estou de óculos de sol como é que a senhora pode ver através das lentes que há alguém que gosta de mim?
A minha família gosta de mim, os meus amigos gostam de mim, os meus leitores gostam de mim (?), mas aquele 'alguém' que gosta de mim não pode ser verdade. E a senhora lá segue caminho e nós ficamos, mais uma vez, e se...?

Ontem, sem a M., estou na minha caminhada fugaz para apanhar o comboio e do nada, sai-me uma personagem ao caminho, espeta-me um cartão na mão e diz: vai precisar, está a precisar.
Eu? Vou precisar de quê? Preciso de quê?
Sigo caminho sem olhar para o papel, activo o bilhete, subo para a plataforma do comboio e ouso olhar para o cartão.
Lá está: Professor Mamadu faz coisas e cenas e coisas e cenas várias.

Eu quero lá saber o que me vai acontecer amanhã! Não quero, obrigadinha mas não quero. E não percebo porque é que naquele dia no restaurante foi a nós que o senhor 'vende coisas várias' escolheu para dar as pulseiras e fazer a reza, não entendo porque é que com tanta gente na rua a cigana embicou connosco e ultrapassa-me a aparição repentina do homem que me deu ontem o cartão com o recado. MEDINHO.

Pfff, dão cabo de mim!

chicklet

TENHO UMA CANGA NOVA! COR-DE-ROSA, DA CHICKLET!!!!!!

OH VERÃO, VINDE ATÉ MIM

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

devaneios rápidos

Anunciei no facebook que estava à procura de novos donos para a tartaruga do meu irmão Xico... passado um minuto foi arrematada! É por estas e por outras que eu tenho a minha página bastante activa. Oh se é!


O Xico vai-se embora amanhã, mais uma vez sem regresso definido e a mim só me ocorre dizer: OMG. No último mês conto com 3 despedidas e menos 3 pessoas importantes por perto. Quem é que se segue? Parem de me fazer estas coisas sff. Uma coisa sou eu a ir-me embora, outras são os meus pilarzinhos...

Dia de São Valentim - a lenda.

Adoro quando o mundo se junta para me mostrar a todos os segundos que o dia que eu mais odeio no ano está aí a chegar.

Ele é corações nas montras, ele é mensagens promocionais da Vodafone, ele é concursos 'Faz-a-tua-cara-metade-feliz' na rádio, ele é peluches pegajosos a assombrarem a minha vida.

Não gosto. Aliás odeio. É a pirosada levada a um expoente máximo, é gente muito apaixonada por todo o lado, é muito fumfumfum ao mesmo tempo para a minha cabeça. Até podia gostar, poder podia mas não era a mesma coisa.

Porquê?

Porque chegámos a um consumismo desmedido no dia em que se devia celebrar a lenda na sua essência mais romântica. Aposto que puseram as criancinhas todas a fazer cartões mas não lhes explicaram como surgiu o dia de S. Valentim, nem quem era o Bispo Valentim... pois... pois não explicaram.

O bispo Valentim celebrou casamentos e abençoou amores quando o imperador Claúdio II proibiu as uniões amorosas aquando da guerra, este acreditava que os solteiros seriam melhores no campo de batalha. Depois de descoberto, o Bispo Valentim foi condenado à morte e já atrás das grades apaixonou-se por uma mocinha cega, conta a lenda que o amor curou a cegueira e que no dia em que morreu, o Bispo, deixou um bilhete à sua amada assinando "O Teu Valentim".

Eu gosto da lenda, não gosto do festival em que transformaram o dia.
Lamento.
E não, não é coisa de solteira. É coisa de romântica.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Hunpf!

Quero mudar a carinha ao meu blog, só não sei como!
Porque é que eu não sou uma pessoa super dotada nestas coisas? Porquê??

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

PALAVRA DE ORDEM




Recomendo:
os brownies
os kikos de chocolate
o chocolate branco com framboesas
o chocolate de chá verde
os bombons todos
as cookies com pepitas
o café
a boa música dentro da loja
os simpáticos donos que nos recebem de sorriso na cara (O Sérgio e a Carla)
a Sra Minha Avó recomenda as rodelas de laranja com chocolate
o Sr Meu Tio Rebola recomenda os panetonnes...
e burro é quem não se for enfiar na loja:

Xocoa | Rua do Crucifixo - 112/114 | Lisboa | Baixa Chiado (Saída do Metro) - Horário: 2ª a sábado, 10h00-20h00

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

É de mim ou só a voz de uma pessoa pode fazer tremer as pernas?

Boletim Meteorológico by Marycop

Tenho cá de mim para mim que sei sempre quando é que o tempo vai mudar, ora vejamos:

dois dias antes começa o ombro esquerdo a ficar perro, a perna esquerda a dar choques e as costas tensas;

no dia antes é um mau estar de pequeninas coisas, choques aqui e acolá e dormências;

na noite antes é um suplício para arranjar posição para dormir;

no próprio dia é assumir que me passou um camião por cima e pronto - o tempo mudou!

Ainda diz a Sra minha Avó que está velha porque sente as mudanças de tempo, já não aguenta um dia inteiro sem descansar e que à noite lhe custa arranjar posição para dormir. Ah 'tá, então 'tá bem!! Se a Senhora está velha com tudo o que faz o que é que eu estou com tudo o que não faço? Morta?

Melhor é difícil #4

(Porque a felicidade também pode vir dentro de uma caneca, fora de horas e com o silêncio)

BOLO DE CHOCOLATE DA CANECA - receita optimizada by I.F.

4 colheres de sopa de açúcar
4 colheres de sopa de leite
3 colheres de sopa de farinha
1 ovo
1 colher de sopa de manteiga
5/6 quadrados de chocolate

Na caneca derrete-se o chocolate e a manteiga com o leite, quando estiver tudo líquido junta-se o ovo e mistura-se bem . Adiciona-se o açúcar e a farinha, mexe-se tudo e vai ao microondas. "3 minutos no microondas, 5 minutos de prazer no sofá".

Bons bolos!


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Era absolutamente perfeito se não estivesse este frio de rachar, ir malhar 3 horas com este frio dá direito a dores de garganta e coisas variadas, não?

Vou calçar os tenis, e logo conto-vos se me constipei enquanto fui e vim de Cascais.

domingo, 23 de janeiro de 2011

o outro diz que são 61 litros e meio, é?
anda por aí muita gente a tentar que eu suba a parada para o dobro, a continuar assim fico sem olhos.
##g#-##

wtf #2

sou tão burra, tão burra, tão burra, tão burra que até me irrito a mim mesma!
eu sou burra, burra, burra.
ao quadrado.
tenho dito.

D.E. - parte III

Posso votar em mim?!

SUBWAY

Entro no teatro a mil, para não variar nada de lugar para o carro à porta e toca a apressar o passo para embarcar nesta viagem.
São 21.30hrs em ponto, sou presenteada com o sorriso do H. na bilheteira, picam-me o bilhete uns metros à frente e lá vou eu. Uma viagem de metro, uma carruagem subterrada, 6 pessoas diferentes e iguais, um Deus estranho, uma visão diferente.

Durante o tempo, que não sei precisar, da peça o meu estômago foi ficando pequenino, torcido, embolado. Frase aqui, frase acolá e aquela sensação que tudo ali é pormenorizado, nada deixado ao acaso, nada por acaso. Congratulo-me por ter embarcado naquela viagem, por chegar ao fim e só hoje ter tido alguma noção do que o texto acrescentou à minha pessoa.

A escrita do Hugo Barreiros é assim, tem esta particularidade de ter que ser digerida com calma. É pesada, é acutilante, é bruta. Rasga o silêncio.
A encenação do Marco Medeiros é detalhada, minuciosa, emblemática.
Na interpretação,sem ferir susceptibilidades, o meu aplauso de pé vai para o Romeu Vala, mais uma vez ele deixa-me a pensar que há talento e talento. Tensão no corpo, voz particular, interpretação inteligente.

Saio da sala a bufar, tenho o jantar aos pulos no estômago, apetece-me enterrar a cabeça num balde de gin e pensar no porquê de tantas coisas.
Há ali uma altura que eu me identifico com as personagens todas quando confrontadas com a morte eminente, a incerteza do daqui a um bocado, a solidão - eu sei o que aquilo é. Eu sei o que é o desespero comedido de não saber o que está no minuto a seguir, eu sei o que é sentir o cheiro da morte, o cheiro da incerteza, a crença num Deus que nem se sabe bem se existe e se vai acudir, a angústia da solidão. Eu sei. E talvez por isso nada mais me ocorreu quando acabou o espectáculo que sair dali para fora rápido. Um abraço ao Hugo e zarpa Maria.

Passaram três dias e há três ideias que não me saem da cabeça:
"um sueco nascido na Palestina há 2000 anos atrás"
"61 litros e meio - é o que chora em média uma pessoa na vida"
"encontrar um homem é como jogar batalha naval e querer acertar o porta-aviões: água, água, água"


Subway está no Auditório Fernando Lopes Graça, Parque Palmela, Cascais. Até dia 30 às 21hrs30. Informações e reservas em reservas@palco13.com.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Sabes que alguma coisa está mal quando

é Sábado de manhã, é dia de café e jornal na esplanada e estás com a cabeça pesada, os olhos inchados, o corpo dorido e só te apetece mandar tudinho às urtiguinhas!!

É assim que sabes que alguma coisa está mal, é quando a tua rotina deixa de fazer sentido.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

oh País pocachinho

A Luciana Abreu tem um site onde escreve aos fãs em modo diário.
A sério?
A sério!

Me-do.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

domingo, 16 de janeiro de 2011

Fecha a porta.

É sempre assim, quando menos estás à espera, o lobo aparece e tumba. Come-te viva.
Dói para caraças. Dói tanto mas tanto que duvidas que o que sentes é real... e ficas, ficas sempre porque és uma merda. Porque não sabes gritar chega, porque és uma atrasada mental à espera que as coisas mudem um dia. Porque não sabes viver sem este pseudo-ombro que vais tendo.
Porque acreditas que um dia vai chegar o teu dia. Olhas à tua volta e chegou o dia a tanta gente, mas tanta gente que não percebes o que está mal. Tens medo disto que sentes a correr pelas veias, esta raiva pulsada que te consome. Andas anestesiada há uma semana e agora não podes fingir mais que sabes lidar com o lobo e a avozinha. Não sabes, esquece não sabes. Não te enganes mais e vem-te embora. Fecha a porta, sai, chora em silêncio e não olhes para trás. Faz isso por ti, só por ti. Tu que acreditas que há pessoas e momentos certos, tu que acreditas em palavras ditas ao ouvido, em beijinhos no nariz, em garrafas de vinho à luz das velas - exige. Esperneia. Não aceites prata por ouro. Não aceites gato por lebre. Não queiras 50, anseia 150. Deixa-te de merdas e faz o que fizeste há um ano e meio. Corta. Aniquila. Vira costas e não olhes para trás.
Um dia perdes a batalha e o melhor é retirar as tropas. Para sempre a guerra perdida.
Um dia voltas a campo e tens mais e melhores soldados, já saraste as feridas e já te esqueceste que dói quando se perde.
Mas vem-te embora, não olhes para trás e fecha a porta à chave. As pessoas não se substituem, ocupam os lugares que têm que ocupar, mas às vezes é melhor que se vão embora.
Para curar.
Vai-te curar, Maria.
Vai-te curar, este guerra não é para ti. Retira as tropas, baixa a cabeça e vem-te embora. Desta vez, e mais uma vez, perdeste.
No fim, nem medalhas ficam para os que perdem.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Melhor é difícil #3






Um abraço sem pressa.

ALUGO XICO POR UMAS HORAS

Hão-de ser mais velhas que a Humanidade as histórias dos irmãos mais velhos vs os irmãos mais novos. Mas eu acredito piamente que os meus irmãos deviam seguir para análise. Rapidamente.

Descobri porque é que eu não passo do 1.62m, é que o tamanho do ego do meu irmão Francisco é tão grande, tão grande, tão grande, que deixou de existir espaço para o meu corpo se desenvolver.

Ora vejamos:

-Comprei um suporte novo para o meu portátil! Já viste, Maria?
-Sim, boa. Eu conheço a engenhoca.
-Não, mas olha este! OLHA ESTE!!!
-Hum...
-É um X de XICO!

Teria graça se eu não andasse a conviver com ele há demasiado tempo debaixo do mesmo tecto. Ele cansa de tão grande que é.

ALUGO XICO POR UMAS HORAS.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

estou doente e quero miminhos.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

The truth

É tão simples quanto isto:

"Cause he is the truth
Said he is so real
And I love the way that he makes me feel
And if I am a reflection of him than I must be fly because
His light is shines so bright I wouldn't lie."

India.Arie, The Truth

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Querido Vasco,

à hora que te escrevo já deverás estar no ar há umas quantas horas, com aquele friozinho de quem parte. Eu sinto o friozinho de quem fica.
O friozinho de quem gostava de poder arriscar tudo, fazer as malas e embarcar.
Serás das pessoas que mais me custa ver partir, por tudo: porque vais para longe, muito longe, porque a rotina da mensagem, da música, do jantar, do telefonema, vai ser interrompida. Porque és tu quem mais me grita, quem mais me castiga, quem mais me encoraja e tudo isto com a tua incrível capacidade de não teceres juízos de valor.

Sei que são só (!) seis meses e que passam a correr e bla bla bla, mas também sei que são seis meses em que muitas coisas vão mudar.

E que raio! Quem é que me vai chamar coisinha sexy enquanto estiveres do outro lado do mundo? Quem vai receber uma mensagem sempre que o iPod tocar a nossa música? Quem é que me vai buscar a casa de mini e como é que eu vou sobreviver se espetar os dedos no vidro do teu carro? Com quem é que eu vou desabafar sobre umas e outras coisas que só tu sabes? Ai ai ai me pequeno ser sexy, resta-me no libro de caras, o skype, o email e aquelas encomendas que, certamente, te irei enviar, tal como prometido, com perfume e batom a selar o envelope.

Faz o favor de te escapares à malária, às desinterias e àquelas coisas estranhas que se apanham desse lado do mundo. Tenta não chegar muito escarumba senão vou ter que te aniquilar à chegada. Evita os escaldões, as bebedeiras agressivas e as mariscadas à beira mar - ouvi dizer que esse género de comportamentos suscitam invejas profundas e eu não te quero sob o efeito do vodu. Se puderes também não apanhes o bicho, (e não lhe tomes o gosto), de viveres tão longe de mim - eu agradeço.

Depois, depois já sabes! Faz o teu melhor e volta depressa, com muitas e boas fotografias, com muitas e boas histórias para partilhares algures entre um pôr-do-sol e um gin.

Um beijo, aquele beijo repenicado nessa bochecha barbuda,
Coisinha Sexy Maria
A minha coisinha sexy deve estar pronto a embarcar para o outro lado do mundo - encontro-me em negação de facto.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Quer eu queira quer eu não queira, nesta casa ainda há Natal por todos os lados e ir à cozinha buscar fruta e ver tentações por todos os lados dificulta a minha dieta.

Alguém quer vir dar uma ajudinha ao homens cá de casa com: os chocolates, as gomas, o bolo rei, os sonhos, o bolo de yogurt, as amêndoas de chocolate, os after-eight, a coca-cola... anyone? Quanto mais depressa acabar mais fácil é eu retomar a saga "perder-os-kilos-todos-e-mais-uns-quantos-que-se-apoderaram-do-meu-rabo-da-minha-barriga-e-afins-depois-do-acidente".

Era mais um favorzinho daqueles!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

shhhhh!

quando me perguntam "já estás boa? a 100%?"
eu respondo "não, estou a 85%!"
e como não sabem esperar pelo resto dizem logo "ah, mas isso agora é num instante! só faltam 15%!"
e eu digo "não, tenho 15% de incapacidade para o resto da vida!"... e rio-me.

dá para me ouvirem, pessoas?
poupavam essas caras de pena. e faziam-me um favor.