Adoro quando o mundo se junta para me mostrar a todos os segundos que o dia que eu mais odeio no ano está aí a chegar.
Ele é corações nas montras, ele é mensagens promocionais da Vodafone, ele é concursos 'Faz-a-tua-cara-metade-feliz' na rádio, ele é peluches pegajosos a assombrarem a minha vida.
Não gosto. Aliás odeio. É a pirosada levada a um expoente máximo, é gente muito apaixonada por todo o lado, é muito fumfumfum ao mesmo tempo para a minha cabeça. Até podia gostar, poder podia mas não era a mesma coisa.
Porquê?
Porque chegámos a um consumismo desmedido no dia em que se devia celebrar a lenda na sua essência mais romântica. Aposto que puseram as criancinhas todas a fazer cartões mas não lhes explicaram como surgiu o dia de S. Valentim, nem quem era o Bispo Valentim... pois... pois não explicaram.
O bispo Valentim celebrou casamentos e abençoou amores quando o imperador Claúdio II proibiu as uniões amorosas aquando da guerra, este acreditava que os solteiros seriam melhores no campo de batalha. Depois de descoberto, o Bispo Valentim foi condenado à morte e já atrás das grades apaixonou-se por uma mocinha cega, conta a lenda que o amor curou a cegueira e que no dia em que morreu, o Bispo, deixou um bilhete à sua amada assinando "O Teu Valentim".
Eu gosto da lenda, não gosto do festival em que transformaram o dia.
Lamento.
E não, não é coisa de solteira. É coisa de romântica.
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