quando eu acordar amanhã, só vai faltar um dia para eu assinar os papéis do divórcio.
alguém me traz clinex e um ombrinho, sff?
segunda-feira, 22 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
Divórico
Nem sempre o silêncio é sinal de esquecimento, neste caso o silêncio do blog é só um tempo de arrumar ideias e sentir novas sensações.
É uma recuperação mais silenciosa do que até agora por necessidade, um colega meu de curso dizia variadíssimas vezes "para quê falar se o silêncio te compreende?" - lembro-me dele e da frase algumas vezes. Ultimamente não me sai da cabeça.
As fracturas apresentam melhoras consideraveis, a deslocação da c2 sob c3 está lá, não vai a lado nenhum e continua longe do bloco operatório, Graças a Deus, à medalha da Nossa Senhora Desatadora dos Nós e à Senhora minha Avó, ao Senhor meu Avô e claro, ao Nuno e ao seu fantástico dom de milagreiro dos achaques físicos. Tudo o resto é pouco relevante - neste momento.
As sessões de fisioterapia são autênticas horas de tortura da badochinha sem pescoço, ora ela sua que nem um porquinho, trabalha o pescocinho como uma galinha e cansa-se como um cão em dia de passeio na praia. A melhor parte são as fantásticas sestas que as sessões me dão, depois de duas horas de sufoco chego a casa e puf... vou ouvir harpas e anjinhos para uma outra dimensão.
Dentro de muito pouco tempo tirarei o Channel de vez, e que medo. Até agora ele protegia-me o pescocinho, afastava-me da vida e eu acostumei-me a esta condição de sinistrada. Mostrar o pescocinho ao mundo parece-me quase um acto pecaminoso de falta de respeito à sociedade. Intrusão da privacidade. Não sei. É assim como estar nua no meio da rua.
(É só a mim que este post parece desnexado?)
Ia eu dizendo que vou tirar o Channel, mas não pensem vocês que tirar o Channel é sinal de alta médica. Pois, isso mesmo. O Dr. Gonçalo disse-me com o seu ar angelical -"É tão grave agora como no inicio, se isso andar para trás a culpa é sua, veja lá o que faz ao pescoço." - ah, 'tá! Obrigadinha aí pela informação a sangue frio e sem preparação prévia.
Uma pessoa é obrigada a despedir-se do amor da sua vida eternamente, passa de uma relação de 24/7 para um divórcio sangrento e malévolo, e ainda por cima fica a saber que não pode investir no mercado da bolsa assim tão à papo seco.
Tudo mal.
Tudo errado.
E dormir? Vocês imaginam o que é dormir longe do meu bombonzinho? Um desespero. Ele é pesadelos, ele é dores, ele é desconforto, ele é DES-CON-FOR-TO.
"Na vida só resta seguir um ritmo, um pacto e o resto rio a fora" - a sincronização do meu iTunes com a minha cabeça é uma coisa me fascina!
Voltando ao divórcio da minha vida: está-me a custar taaaaaanto.
É uma recuperação mais silenciosa do que até agora por necessidade, um colega meu de curso dizia variadíssimas vezes "para quê falar se o silêncio te compreende?" - lembro-me dele e da frase algumas vezes. Ultimamente não me sai da cabeça.
As fracturas apresentam melhoras consideraveis, a deslocação da c2 sob c3 está lá, não vai a lado nenhum e continua longe do bloco operatório, Graças a Deus, à medalha da Nossa Senhora Desatadora dos Nós e à Senhora minha Avó, ao Senhor meu Avô e claro, ao Nuno e ao seu fantástico dom de milagreiro dos achaques físicos. Tudo o resto é pouco relevante - neste momento.
As sessões de fisioterapia são autênticas horas de tortura da badochinha sem pescoço, ora ela sua que nem um porquinho, trabalha o pescocinho como uma galinha e cansa-se como um cão em dia de passeio na praia. A melhor parte são as fantásticas sestas que as sessões me dão, depois de duas horas de sufoco chego a casa e puf... vou ouvir harpas e anjinhos para uma outra dimensão.
Dentro de muito pouco tempo tirarei o Channel de vez, e que medo. Até agora ele protegia-me o pescocinho, afastava-me da vida e eu acostumei-me a esta condição de sinistrada. Mostrar o pescocinho ao mundo parece-me quase um acto pecaminoso de falta de respeito à sociedade. Intrusão da privacidade. Não sei. É assim como estar nua no meio da rua.
(É só a mim que este post parece desnexado?)
Ia eu dizendo que vou tirar o Channel, mas não pensem vocês que tirar o Channel é sinal de alta médica. Pois, isso mesmo. O Dr. Gonçalo disse-me com o seu ar angelical -"É tão grave agora como no inicio, se isso andar para trás a culpa é sua, veja lá o que faz ao pescoço." - ah, 'tá! Obrigadinha aí pela informação a sangue frio e sem preparação prévia.
Uma pessoa é obrigada a despedir-se do amor da sua vida eternamente, passa de uma relação de 24/7 para um divórcio sangrento e malévolo, e ainda por cima fica a saber que não pode investir no mercado da bolsa assim tão à papo seco.
Tudo mal.
Tudo errado.
E dormir? Vocês imaginam o que é dormir longe do meu bombonzinho? Um desespero. Ele é pesadelos, ele é dores, ele é desconforto, ele é DES-CON-FOR-TO.
"Na vida só resta seguir um ritmo, um pacto e o resto rio a fora" - a sincronização do meu iTunes com a minha cabeça é uma coisa me fascina!
Voltando ao divórcio da minha vida: está-me a custar taaaaaanto.
terça-feira, 2 de março de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
porque não?
volto a chorar sem estar à espera e... não gosto.
primeiro no congresso, ali, à frente de toda a gente sem saber muito bem como, fungava como um bebe.
depois no consultório.
outra vez no carro.
hoje à conversa com um amigo...
posso escrever asneiras?
&%$/(&$#"(##/"%()=/(==&=%(%$"###&
posso gritar injúrias?
AHHHHHHHH
posso dizer que o meu braço esquerdo está há horas a dar-me choques?
e posso, se calhar, chorar mais vezes, dizer mais asneiras, gritar injúrias e queixar-me com dores,
porque não?
posso controlar muita coisa, mas hoje não me apetece... e chorar alivia.
primeiro no congresso, ali, à frente de toda a gente sem saber muito bem como, fungava como um bebe.
depois no consultório.
outra vez no carro.
hoje à conversa com um amigo...
posso escrever asneiras?
&%$/(&$#"(##/"%()=/(==&=%(%$"###&
posso gritar injúrias?
AHHHHHHHH
posso dizer que o meu braço esquerdo está há horas a dar-me choques?
e posso, se calhar, chorar mais vezes, dizer mais asneiras, gritar injúrias e queixar-me com dores,
porque não?
posso controlar muita coisa, mas hoje não me apetece... e chorar alivia.
vou dormir, e vou adormercer co essa ideia das caveiras e das flores, algures há-de estar o meio termo. encontramo-nos no centro.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
domingo, 7 de fevereiro de 2010
A Bella e o Paparazzo - UMA SALVA DE PALMAS
Levaram-me ao cinema.
Filme português... hum. Eu tenho sempre um problema com os filmes portugueses, e acreditem que não é o mesmo que o vosso.
Eu tenho um problema com os filmes portugueses porque estudei teatro e porque não percebo porque é que fazemos 90% dos filmes em modo 'filme-intelectual-com-muita-filosofia-de-fundo-de-baú'. Eu, também, tenho um problema com os filmes portugueses porque muitos deles são pastelões e têm cenas demasiado arrítmicas.
Mas eu adorei a Bela e o Paparazzo, de verdade. Não sendo fã da Soraia, sou fã do Marco e do Laginha. Muito fã, mesmo. O Marco é tudo aquilo que eu acredito num actor, dá-me gozo vê-lo em tela grande, a saborear a palavra, o gesto, o momento. É teso, é firme. Eu gosto.
Não caindo na piada fácil, a trama também não entra por piada rebuscada, é humorada, tem ritmo, tem romance, e tem aquilo que me deixa a levitar - frases que ficam, que marcam.
Gosto dos 'pinguins que ficam cá até Sábado'. Gosto da Gaivota a ser relembrada , ainda que ouvir falar em Gaivota me leve outra vez na EPTC, com a Mary a interpretar a Nina como só ela sabia.
Comi um balde de pipocas sofregamente, ao mesmo tempo que ia rindo com uma vontade imensa. Senti orgulho no filme, na história e passei um muito bom momento familiar. Amei a cena do Rossio, e espero que um dia, mesmo que seja daqui a muito, muito, tempo, um homem pegue em mim e dance comigo ali, naquela mesma passadeira, debaixo daquelas mesmas luzes, também descalço.
As filmagens por Lisboa mostram a bela cidade, a luz que só ela tem, os recantos que fazem parte do fado da saudade do tempo que não volta.
Aconselho vivamente que o vejam. Que paguem os 5€ e que aplaudam o cinema português.
Se virem por aí uma Gabriela / João, digam-lhe onde moro.
Filme português... hum. Eu tenho sempre um problema com os filmes portugueses, e acreditem que não é o mesmo que o vosso.
Eu tenho um problema com os filmes portugueses porque estudei teatro e porque não percebo porque é que fazemos 90% dos filmes em modo 'filme-intelectual-com-muita-filosofia-de-fundo-de-baú'. Eu, também, tenho um problema com os filmes portugueses porque muitos deles são pastelões e têm cenas demasiado arrítmicas.
Mas eu adorei a Bela e o Paparazzo, de verdade. Não sendo fã da Soraia, sou fã do Marco e do Laginha. Muito fã, mesmo. O Marco é tudo aquilo que eu acredito num actor, dá-me gozo vê-lo em tela grande, a saborear a palavra, o gesto, o momento. É teso, é firme. Eu gosto.
Não caindo na piada fácil, a trama também não entra por piada rebuscada, é humorada, tem ritmo, tem romance, e tem aquilo que me deixa a levitar - frases que ficam, que marcam.
Gosto dos 'pinguins que ficam cá até Sábado'. Gosto da Gaivota a ser relembrada , ainda que ouvir falar em Gaivota me leve outra vez na EPTC, com a Mary a interpretar a Nina como só ela sabia.
Comi um balde de pipocas sofregamente, ao mesmo tempo que ia rindo com uma vontade imensa. Senti orgulho no filme, na história e passei um muito bom momento familiar. Amei a cena do Rossio, e espero que um dia, mesmo que seja daqui a muito, muito, tempo, um homem pegue em mim e dance comigo ali, naquela mesma passadeira, debaixo daquelas mesmas luzes, também descalço.
As filmagens por Lisboa mostram a bela cidade, a luz que só ela tem, os recantos que fazem parte do fado da saudade do tempo que não volta.
Aconselho vivamente que o vejam. Que paguem os 5€ e que aplaudam o cinema português.
Se virem por aí uma Gabriela / João, digam-lhe onde moro.
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