quarta-feira, 30 de setembro de 2009

(un)breakable

Hoje estou perfeitamente (un)breakable.

Alguém disse que tomava conta de mim... soube-me estupidamente bem. Mesmo quando é mentira e quando é impossível.

O Prada não mata mas mói, e faz questão de moer 24/7. E não é só o Prada, é o que o Prada traz consigo: é a não dependência, é a fragilidade, é a solidão das noites, é a vida que se vive lá fora, é o Verão que já se despediu sem me ter dito olá, é um montão de coisas que me assustam.

Sim, queria que alguém tomasse verdadeiramente conta de mim e me viesse mostrar que já vai passar.

Já vai passar.
Vai passar.
Shhhh... encosta-te aqui que vai passar, fecha os olhinhos e já passa. Isso, calma, encontra a tua respiração na minha e calma... ouve o silêncio...

E eu sou muito estúpida em pedir que essa calma venha assim sem mais nem menos, sou estúpida! Ainda falta tanto e hoje, nesta merda de me sentir estupidamente estúpida e estupidamente pequenina, eu só queria enrolar-me numa bolinha, deitar-me na cama e acordar sem Prada.

Já vai passar.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Tenho a estúpida sensação de já ter subido 99 degraus e nunca mais me deixam subir o centésimo...
Adoro saber coisas que não interessam a ninguém, por isso:

PARABÉNS A TODOS OS SOLTEIROS DO NOSSO PORTUGAL! Hoje é o nosso dia :)


Parabéns também às minhas fracturinhas que fazem hoje dois meses.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Burocracopes

Brincar aos carrinhos de choque em Portugal implica, para além do incómodo hospitalar, o incómodo das burocracias a que somos sujeitos.

Ele é papel e mais papel para o seguro, papel e mais papel para a Faculdade, papel e mais papel para provar aos Anjos e Arcanjos que sofri um pequeno percalço e fui visitar as ravinas da Estrada de Colares.

Senhores e Senhoras, nesta ânsia de papéis e papelinhos está em jogo o meu regresso às aulas tão desejado.

Ando a brincar aos requerimentos online para tentar fazer ver a quem de direito que por apenas duas semanas eu posso perder o semestre todo e ver assim o meu curso terminado em 2011... isso, eu que devia estar neste momento a babar-me por um estágio. Dois mil e onze. Dois mil e onze.

Esperem lá, eu estou a escrever DOIS MIL E ONZE?! Quer-se dizer que eu tenho o azar de ter um acidente, passar por tudo o que tenho passado e porque a merda do processo de Bolonha insiste na assistência às aulas eu chumbo? E lixo mais um ano, assim como assim é só mais um ano... eu até nem tenho este ano todo tramado à pala do acidente, mais um ano... só mais um!

Fazendo as contas por alto:

  • em vez de começar a procurar trabalho ao 22 começo aos 23/24

  • em vez de me candidatar a mestrado já em Maio de 2010 só me candidato em Maio de 2011

  • em vez de a Faculdade facilitar uma situação por si complicada só põe entraves e isso na minha cabeça é mais um ano e meio nas minhas contas para arranjar trabalho, emigrar para o Brasil, tirar o mestrado em Gestão Cultural, arranjar uma casinha e viajar muito e muito


Tirando fora o tom irónico, a verdade é que me irrita solenemente que tudo neste País seja movido a papéis e pedidos especiais. Eu até tenho todo o tempo do mundo, é verdade, mas não tenho toda a paciência para cada vez que o papelinho muda de mão ter que explicar toda a história mais uma vez.

E depois ouvir os "ah's" e os "oh's" e todos os comentários inerentes a essas pequenas interjeições que se fazem quando alguém tenta explicar que partiu a cervical mas vai estar boa e vai precisar de retomar a sua vida normal dentro em breve. Adoro.



Adoro ainda mais que o seguro ainda não tenha dito nada, pago nada e esteja pouco interessado em saber como eu estou. Afinal de contas para que é que as pessoas têm seguros? E para que é que as seguradoras têm médicos se os médicos não vêm a casa? Eu é que tenho que me deslocar para o senhor olhar para mim e com os seus olhos raio-x verificar as fracturas. Aparentemente não lhe chega os papeis da polícia, os relatórios dos bombeiros, os exames médicos, o relatório médico, o relatório do próprio senhor dos seguros... não, não lhes chega porque isso era simplificar e para quê simplificar quando se pode complicar?



Algo me diz que a saga das burocracopes ainda vai no prefácio!

Artigos de ménage

“O piaçaba é uma esfregona que correu mal. O piaçaba é uma vassoura que não estudou. Já o piaçá, não sei o que é…”
(por Ricardo Araújo Pereira, em Os Incorrigíveis)

http://www.youtube.com/watch?v=_AOWR_gZxHo

Já tenho piaçaba!

Bj

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

aterrei?

Há sempre uma razão para as saudades e hoje eu tenho saudades da minha Salamanca, da minha casinha de bonecas com baratinhas por todo o lado. Acho que até tenho saudades do frio que cortava o nariz, e saudades do cheiro de uma cidade que me trouxe uma calma que eu não sabia que existia.

... quando cheguei não matei saudades de nada. Nem me deixaram chegar, nem matar saudades do que sentia falta, e agora vivo esta estranha sensação de não ter aterrado em Portugal e de sentir falta de tudo.

Só faltam 10 meses e 4 dias!

Quem é que...?

Quem é que consegue espirrar sem mexer a cabeça?

A Marycop!


Quem é que sonha com mergulhos na Baía de São Martinho e acorda a transpirar?

A Marycop!


Quem é que sabe de cor a grelha televisiva?

A Marycop!


Quem é que gosta de descafeínado por palhinha?

A Marycop!


Quem é que anda a contar dias e semanas?

A Marycop!



Quem é que escreve neste blog?
A MARYCOP, que as outras são umas desnaturadas!