Há uma carrada de tempo que não escrevo nada de jeito, ou a inspiração me fugiu para Plutão ou eu ando sem piadinha nenhuma.
Volta e meia vou na rua e lembro-me de qualquer coisa interessante, às vezes as frases erguem-se na cabeça alinhadas, limpas, claras. Quase poéticas. Chego a casa, ligo o computador, acedo ao blog e... nada. Zero.
Tenho algumas coisas para contar, mas não me parece que este seja o espaço indicado. Até podia escrever um daqueles textos directamente vindos do coração, mas aprendi que a calma e a prepoderância são uma arma valiosa a longo prazo. Podia escrever 20 cartas a 20 pessoas que nunca as iriam ler. Podia arranjar palavras de outras pessoas que descrevessem a minha vida agora. Podia desactivar o blog.
Poder podia, mas não era a mesma coisa. Ah, não era não. Ele já faz parte da minha vida e eu não me sinto capaz de o desactivar só porque não sei se sei escrever como escrevia há uns meses atrás. Ele foi meu amigo, ele ouviu desabafos contidos, lágrimas gordas, risos e gargalhadas, músicas, filmes, noites, pesadelos. Ele casou comigo em Agosto de 2009 e por cá vai andar até eu lhe pedir o divórcio.
Eu tenho um problema com divórcios, com separações, com afastamentos. Tenho um problema com não esgotar as hipóteses todas de reconciliação, tenho um problema em largar o osso na altura mais sensata. Um problema que os psicólogos devem saber explicar com um qualquer trauma de infância. O que é certo é que é um problema simples - saudosismo.
Regressando à batata quente, isto de não conseguir escrever sobre nada de jeito chateia-me.
Bastante.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
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Gostava que a linguagem dos Homens fosse através dos olhos, no silêncio. Sem acrobacias retóricas nem ilusões para esconder os pensamentos. De outro modo, terei de continuar a preencher folhas em branco para que não fiquem brancas.....
ResponderEliminarBjs. da Tia Cristina que a adora