Tive o melhor Domingo dos últimos tempos. Ali para o lado de Bucelas, na Romeira, com as grandes amigas Siqueira como anfitriãs, a piscina a convidar umas braçadas desejadas, a família em torno de uma mesa, as Avós com cabelos de Avó e batons de Avó, os cães, as cigarras, as águias, o sol de Verão e a minha Constancinha e o seu fato-de-banho de filme.
Tão bom, tão bom que queria eternizar o sentimento de calma e tranquilidade por muito tempo, e esperar que ele ficasse para sempre. Era bom. Eu gostava.
Regresso a casa, cheira a casa, sabe a casa e está em silêncio profundo. Não é pior, é só diferente. Talvez consiga reconhecer os carros dos vizinhos, me perca com as folhas das árvores que dançarão pela noite dentro. Gosto.
Tenho uma ponta de tristeza e essa, algo me diz, veio para ficar. Se dói? Não! Só me deixa um bocadinho triste, porque há estórias que não deviam acabar sem terem chegado ao fim, porque há pessoas que são demasiado especiais, porque nem sempre os Domingos podem ser totalmente felizes.
Os Domingos não são felizes, pois não?
Amanhã recomeça o ciclo semanal, fisioterapia e ginásio e praia sozinha e jantar sozinha e noite sozinha e o caminho faz-se a pé e com calma. A calma que não (desa)sossega.
Mais uma semana e daqui a pouco estaremos a festejar a felicidade de um ano de vitórias e nesse dia eu deixo de vez o ano em que mais sofri, que mais cresci e que me moldou para sempre. Um ano que não sei como ultrapassei nem me imagino a ter igual. Foi duro, pesado, deixou-me a ansiedade de entrar num carro e uma moça algures que um dia há-de ser pequenina e quase insignificante.
O barulho do silêncio vai deitar-se comigo, a ansiedade também. A pouco e pouco retomo a vida e tenho medo de não conseguir superar as expectativas depositadas em mim. Terei forças, silêncio? Diz-me, terei eu forças?
domingo, 18 de julho de 2010
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