quarta-feira, 21 de julho de 2010

ONE DAY WILL BE TOGETHER

Desde há muitos anos que os meus meses de Julho são repletos de pó, barulho e actividades.

Comecei muito miúda, a medo, e desde o primeiro dia soube que os meus Verões nunca mais iam ser os mesmos. Os campos de férias ajudaram-me a ser o que sou hoje, a partilhar e a dar sem esperar receber nada em troca.

Os dias eram sempre diferentes, com sabores variados e com emoções vividas ao máximo. Cresci. Os amigos cresceram. Um Verão menos um, no seguinte menos dois e assim foi até ninguém mais ter vida para passar o mês de Julho entre mosquitos, melgas, lanternas e músicas de amor.

Tornei-me monitora. Desafiei-me a mim diariamente. Acreditei que fazia o meu máximo todos os dias e que isso me chegava para chegar ao fim do dia feliz.

Um dia passei a coordenadora. Foi difícil. Tive medo, os cargos de chefia são minuciosos, complicados do ponto de vista humano, de bom senso e sobretudo de paciência. A expectativa do perfeito nunca é alcançada e é uma luta perceber que os erros existem e existirão sempre.

É Julho. Estou em Lisboa. Não sei se algum dia vou voltar a sentir a adrenalina dos campos, se vou ter jantares temáticos, noites de terror, reuniões de equipa, dias de aventura, noites mal dormidas. Não sei. Porque eu já não sei programar o ano vindouro.

Apetece-me vestir uma t-shirt e abraçar uma equipa, trabalhar arduamente para vencer todos os jogos. Não posso.

Não sei o que se faz em Julho quando não se trabalha. Fisioterapia, ginásio e praia?! E quando a praia não está boa? As amigas estão a trabalhar... a restante malta está nos Algarves e eu sinto-me sozinha.

Pela primeira vez não estou nos campos de férias e não sei o que fazer.

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