segunda-feira, 4 de outubro de 2010

como a gaivota

é uma noite normal, os primos reunidos cá em casa, as pizzas amontoadas no chão, os filmes alugados no dvd, coca-cola, pipocas várias e zero programas sociais.

23.45hrs: toca o telefone

- onde é que estás?
- olá xuxinha! estou em casa, conta!
- desce, vamos ao fizz.
- mas eu estou em modo leggings e camida de ganga, é noite de cinema com a família.
- desce! estou a arrancar do Estoril, 5 minutos e passo aí.

...

eu gosto de propostas assim, gosto. adoro quando me dizem que tenho 5 minutos para arrancar de casa, mesmo quando o corpo pede cama e a cabeça está no filme a seguir. gosto de poder ter esta liberdade de arrancar com a roupa do corpo, marimbar para o kit noite e arrancar.

gosto de me sentir livre.
gosto de saber que sou livre. independentemente de no fim do dia, quando a cabeça chega à almofada, o coração ficar pequenino e acelarado. eu sou livre. mesmo quando os raptos inesperados podem resultar em encontros inesperados.

eu sou livre. como a gaivota.

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